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Se não fosse o cabral...

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Wednesday, October 19, 2005

Para os "donos" do mundo


Foto: Jornal do Comércio 19/10/2005


Prezados senhores “donos” do mundo,

Venho por meio desta, apresentar minha revolta com a ineficiência das vossas indústrias, no processo de destruição do Planeta onde vivemos. Gostaria também de prestar-lhes minhas condolências. Pois, nem com todo esse sistema de miséria implantado pelos senhores; Nem com toda poluição despejada no solo, na água e no ar; nem com todas as guerras; e nem a vossa maravilhosa tecnologia nuclear, irão salvar vossas almas da fúria da Natureza. Aliás, os senhores já ouviram falar da Natureza? Creio que não.
Trata-se de um Sistema insano criado pela mesma Energia que criou todas as outras coisas. Inclusive nós. Este sistema classifica todas as criaturas em dois grupos:
Grupo das criaturas vivas.
Grupo das criaturas mortas.
Imaginem os senhores, tamanho absurdo:
Para a Natureza, não importa a cor, religião, nacionalidade, Q.I, saldo bancário, time de futebol, partido político. Não importa nem mesmo a espécie.
Criaturas vivas morrem. Criaturas mortas possibilitam que outras criaturas venham a ser, criaturas vivas. Isso não é insano?
É muita ousadia acreditar que nós seres humanos, criaturas dotadas de “raciocínio” para extinguir, escravizar e poluir, um dia destruiremos o Planeta. O Criador jamais permitiria isso. A Natureza existe para impedir que uma espécie destrua definitivamente o lar das outras. Lamento. Mas o planeta irá nos destruir primeiro. E quem sabe a próxima Espécie terá maior respeito pelo grupo das criaturas vivas.
É com grande pesar, porém maior é a satisfação, que os informo:
Apodreceremos juntos; Eu, escravo. E os senhores, “donos” do mundo.
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Tuesday, October 18, 2005

Viajando na Maionese



Vossa excelência desculpe a lombra. Mas eu estou de cara em função de cumprir com a legislação, me tornando assim um cidadão de bem. Por tanto, faz um tempo que uso apenas as drogas lícitas que contribuem a tanto tempo, com tanta eficácia para a emancipação mental espiritual e etc e tal, da nossa gloriosa sociedade escravizada. Que paga caro com tanta boa vontade, para que Vossa excelência seja Vossa excelência. Mesmo assim permita que meu cérebro subversivo, rebelde e digno de descargas elétricas, importune Vossa excelência.
Crendo eu que Vossa excelência alguma vez na vida, nem que por acaso, já tenha pronunciado as palavras:
“Interesses do povo”.
Gostaria de saber:

Se por acaso Vossa Excelência, recebesse pouco mais de dois salários mínimos?
Se trabalhasse apenas oito horas por dia e cinco dias por semana? Com direito a cartão de ponto.
Se pagasse por consumir água, luz e telefone?
E se Vossa excelência, desculpe a viajem, em função de se aprofundar melhor nos interesses do povo, morasse no subúrbio? Andasse de coletivo, Kombi, metrô ou os três? Sem a companhia dos seus fortemente armados seguranças.
Se dependesse do SUS para cuidar da saúde.
Se não existisse verba de gabinete ou sessão extraordinária?
E se Vossa Excelência ao se tornar um “homem público” (favor atentem para o “h” minúsculo) se tornasse realmente um “homem público”? Ou seja, perdesse o direito a qualquer tipo de privacidade ou sigilo. Não seria justo? Afinal, o que Vossa excelência teria para esconder nas contas bancárias em paraísos fiscais? O que Vossa excelência teria para falar ao telefone, que nós fiéis provedores de riquezas, não pudéssemos saber?
E se por acaso Vossa excelência ao ser investigado “injustamente”, não pudesse depor com habeas corpus? Dando-lhe direito, quando convir, de proferir inverdades ou ficar em silêncio diante do seu colega.
Se a investigação seguisse na forma original, pelos bem pagos e bem treinados “capitães do mato”, com direito a saco plástico na cabeça, afogamento, choque, espancamento, e pauladas escrotais?
Se eu desse a Vossa excelência 50% de desconto nesta minha utópica viajem, Vossa excelência seria candidato nas próximas eleições?
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